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Mostrando postagens de abril, 2016

Rutinas por Mario Benedetti ( Cuento)

A mediados de 1974 explotaban en Buenos Aires diez o doce bombas por la noche. De distinto signo, pero explotaban. Despertarse a las dos o las tres de la madrugada con varios estruendos en cadena, era casi una costumbre. Hasta los niños se hacían a esa rutina. Un amigo porteño empezó a tomar conciencia de esa adaptación a partir de una noche en que hubo una fuerte explosión en las cercanías de su apartamento, y su hijo, de apenas cinco años, se despertó sobresaltado. "¿Qué fue eso?", preguntó. Mi amigo lo tomó en brazos, lo acarició para tranquilizarlo, pero, conforme a sus principios educativos, le dijo la verdad: "Fue una bomba". "¡Qué suerte!", dijo el niño. "Yo creí que era un trueno". FIN

Shakespeare, 400 anos da sua morte.

O mundo celebra hoje os 400 anos da morte do maior de todos os escritores,( junto com Dante Alighieri) o inglês William Shakespeare, nascido na bucólica Stratford-upon-Avon e morto 52 anos depois, em 23 de abril de 1616. Poeta, dramaturgo e empresário, Shakespeare produziu ao longo de 25 anos de atividade 39 peças teatrais, entre elas algumas das maiores obras-primas da literatura. Não foi apenas o maior poeta e prosador da história. “Ele inventou o humano como o conhecemos até hoje”, escreve o crítico Harold Bloom no livro  Shakespeare – a invenção do humano ,    Bloom argumenta que, na enorme variedade de personagens que criou, Shakespeare escreveu tudo aquilo que pensamos e vivemos no séculos seguintes. Seu livro analisa uma a uma 35 das peças de Shakespeare. É uma leitura pessoal, mas uma das melhores introduções à obra dele. Shakespeare foi mais inteligente do que todos nós. Conhecia os limites da linguagem, que tentava expandir para representar nossa condição humana, com t

Su amor no era sencillo por Mario Benedetti ( Cuento)

Los detuvieron por atentado al pudor. Y nadie les creyó cuando el hombre y la mujer trataron de explicarse. En realidad, su amor no era sencillo. Él padecía claustrofobia, y ella, agorafobia.  Era solo por eso que fornicaban en los umbrales. FIN

Crônicas do Cotidiano - Casa de Umbanda

Chego à academia pouco depois das cinco horas da manhã. A lua timidamente se escondia atras da nuvens. Havia poucas pessoas pelas ruas. Quase se podia ouvir o sussurro da respiração. No começo éramos seis nobres desbravadores, que se arriscavam a levantar cedo e se exercitar. No verão dava gosto de ver - todos animados, falantes, entusiasmados em trocar informações sobre aparelhos, dietas e séries de exercícios. Então, o temido inverno chegou. E com ele alguns pecados capitais; preguiça, gula, ira e orgulho. Dos seis, o primeiro a abandonador o barco foi seu José Carlos, o mais velho da turma. Em seguida, Milton,Chico, Dálton e por último o Décio, que preferiu economizar, fazendo academia no condomínio onde morava [ autoengano]. Então estava só.  Certo dia, um senhor que costumeiramente me encontrava voltando da academia, puxou conversa... Tinha passado por um problema cardíaco e como recomendação médica precisava se exercitar. Na semana seguinte ele começou. Enc

Vivaldi - " Verão " As Quatro Estações

P eço que preste atenção à composição de Vivaldi, aqui representada MARAVILHOSAMENTE pela  violinista  Mari Samuelsen. 0:20 -   A languidez devido ao calor. /  1:32  -   O   som do  CUCO   3:17 - O  vento Borea da violinista  se contrapondo com os  ventos impetuosos dos demais violinos.  4:OO - O   choro do camponês /   8:00  -  O trovão , seguido pela  tempestade de Verão. O Verão Sob a dura estação de sol aceso   Definha homem, definha rebanho e arde o pinho; Solta o cuco a voz, e logo com ele Canta a rolinha e o pintassilgo. Zéfiro doce expira mas, desafiado, Surge Bóreas (*) de repente ao seu lado; E chora o pastor, porque decerto Teme feroz tempestade e seu destino. Rouba dos membros cansados o seu repouso, O temor dos relâmpagos e trovões ferozes E de moscas e moscões o zumzum furioso. Ah, que pena, seus temores eram verdadeiros! Troveja e fulmina o céu e majestoso Quebra o

Caixa do Correio # 16

1. Laços de Família  – Clarice Lispector I  2. Elogio da Loucura  – Erasmo de Rotterdam I 3. Morangos Mofados  – Caio Fernando Abreu. I  4. 44 Cartas do Mundo Líquido Moderno  – Zygmunt Bauman  ETIQUETA: ZYGMUNT BAUMAN O emérito sociólogo polonês   Zygmunt Bauman   nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán. Ele principiou sua trajetória acadêmica na Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a deixar a academia, em 1968, ao mesmo tempo em que sua obra era proibida neste país. Sem muitas perspectivas, o sociólogo abandonou sua pátria e partiu para a Inglaterra, depois de passar pelo Canadá, EUA e Austrália. No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, permanecendo neste posto por pelo menos vinte anos. Aí ele teve contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento, o filósofo islandês Ji Caze. Grande parte de sua obra já foi traduzida no Brasil. Seus livros são povoados por idéias sobre as

Amor de tarde por Mario Benedetti ( Poesia)

Es una lástima que no estés conmigo cuando miro el reloj y son las cuatro y acabo la planilla y pienso diez minutos y estiro las piernas como todas las tardes y hago así con los hombros para aflojar la espalda y me doblo los dedos y les saco mentiras. Es una lástima que no estés conmigo cuando miro el reloj y son las cinco y soy una manija que calcula intereses o dos manos que saltan sobre cuarenta teclas o un oído que escucha como ladra el teléfono o un tipo que hace números y les saca verdades. Es una lástima que no estés conmigo cuando miro el reloj y son las seis. Podrías acercarte de sorpresa y decirme "¿Qué tal?" y quedaríamos yo con la mancha roja de tus labios tú con el tizne azul de mi carbónico. FIN

El hombre que aprendió a ladrar por Mário Benedetti ( Cuento )

Lo cierto es que fueron años de arduo y pragmático aprendizaje, con lapsos de desalineamiento en los que estuvo a punto de desistir. Pero al fin triunfó la perseverancia y Raimundo aprendió a ladrar. No a imitar ladridos, como suelen hacer algunos chistosos o que se creen tales, sino verdaderamente a ladrar. ¿Qué lo había impulsado a ese adiestramiento? Ante sus amigos se autoflagelaba con humor: "La verdad es que ladro por no llorar". Sin embargo, la razón más valedera era su amor casi franciscano hacia sus hermanos perros. Amor es comunicación. ¿Cómo amar entonces sin comunicarse? Para Raimundo representó un día de gloria cuando su ladrido fue por fin comprendido por Leo, su hermano perro, y (algo más extraordinario aún) él comprendió el ladrido de Leo. A partir de ese día Raimundo y Leo se tendían, por lo general en los atardeceres, bajo la glorieta y dialogaban sobre temas generales. A pesar de su amor por los hermanos perros, Raimundo nunca había imaginado que Leo tuvi