Em 1961, Piero Manzoni defecou em 90 pequenas latas. Depois, selou-as
como mandam as regras da indústria alimentar, numerou-as e assinou-as como obra
de arte e vende-as por peso, pelo valor da grama do ouro. As latas, além de
numeradas e assinadas, levam três inscrições, para maior compreensão do cliente:
“Meda D´Artista”; “ Merde D´Artiste” e “ Artists Shit “. A autenticidade do
produto é garantida no rótulo em italiano: “Merda d`artista, numerata, firmata,
e conservata al naturale “.
Nos anos seguintes, ele as distribuiu em várias coleções de arte por
todo o mundo, angariando inúmeros prêmios. Hoje as latas de merda do Manzoni
são um ícone da (merda) arte conceitual, da qual ele é considerado um
precursor. Muitas latas explodiram,
resultado de corrosão e de gases em expansão.
Piero Manzoni morreu de infarto do miocárdio em seu ateliê em Milão, em
1963. Mas, suas latinhas continuam por ai, por vezes, explodindo na cara de algum
nobre colecionador ou sendo vendidas em alguma renomada casa de leilão.
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