Ontem, enquanto aguardava minha namorada sair do salão
de beleza, duas garotas conversavam em meio a secadores, revistas de fofocas e
manicures, sobre o que elas gostariam de fazer para melhorar o mundo. Pensei “Opa!
Tá aí uma conversa que eu pagaria para ouvir”. E pelo jeito não fui o único, já
que a manicure que fazia os pés de uma senhora ao meu lado, levantou uma das
sobrancelhas.
Peguei-me pensando - o que será que essas gurias
teriam em mente? - Ajuda humanitária na África, participar de projeto social no
Nordeste ou quem sabe algum trabalho voluntário em asilo para idosos?
Infelizmente, eu nunca saberei... Logo minha namorada apareceu, e com ela ficaram meus
pensamentos, enquanto deixávamos o salão.
No dia seguinte levantei, tomei meu café, peguei
minha bicicleta e saí para dar uma volta pela cidade. Pouquíssimos eram aqueles
que se aventuram no domingo, a sair tão cedo. Com as ruas ainda desertas, pude pedalar com toda tranqüilidade
do mundo, sem ser incomodado por buzinas, semáforos ou motoqueiros acelerados.
Na volta, resolvi passar pelo supermercado, tinha esquecido minha garrafa com água, e o dia prometia ser quente.
Enquanto passava o cadeado na bicicleta ( confie em Alá, mas não deixe de amarrar seu camelo, diz um ditado Sofi ), uma mãe repreendia o filho por ele ter esquecido de trazer a tranca, e que
aquela já era a segunda bicicleta que ele ganhara e blá, blá, blá... O menino
que devia ter seus oito ou nove anos, ouvia tudo feito uma noviça em penitência. Como também já esqueci meu cadeado algumas
vezes, mostrei ao garoto o que eu fazia nesta situação – o supermercado sempre
deixa algumas correntes presas no bicicletário –, era só uma questão de
enrolá-la no pneu, e torcer para que ninguém percebesse que não havia cadeado. Simples, não ! Ele sorriu, meio desconfiando.
Passando pelas gondolas, tentei se breve, peguei somente a garrafa de água e algumas miudezas ; tinha
alguém que na volta, eu pretendia visitar. No caixa, enquanto retirava as compras da cesta, notei que uma senhora do fim da fila, segurava um saco de com batatas, como se ele fosse um filho (
por conta do peso ). Perguntei se eram somente as
batatas e se ela não gostaria de passar na minha frente. Ela sorriu, e antes mesmo de
deixar o supermercado, agradeceu com um aceno de mão. No tempo em que acondicionava
minhas compras na sacola, a caixa se virou impaciente, querendo me entregar o troco. Parecia agitada, preocupada com as pessoas na fila. Para meu espanto, tinha recebido quase o dobro do dinheiro que eu dei a
ela. Devolvi a diferença, dizendo que eu tinha pago com uma nota de 50 reais, e
não de 100 reais. Espantada, ela refez as contas e somou o dinheiro que tinha em caixa. Ela também sorriu, aliviada.
Na volta passei pela casa da minha avó, queria lhe fazer uma surpresa. Havia dias que eu não passava por lá. Aproveitei que tinha ido ao supermercado e comprei algumas coisas que eu sabia que eram do seu gosto – pão de leite, geleia, café e queijo. Tomei meu segundo café, ouvindo os últimos acontecimentos da semana. Por vezes, me fazia perguntas, para saber se realmente eu prestava atenção ou se só estava de corpo presente. Foi quando me lembrei daquelas duas gurias no salão, e uma frase de Mahatma Gandhi, me veio à mente – " Seja a mudança que você quer ver no mundo "
Na volta passei pela casa da minha avó, queria lhe fazer uma surpresa. Havia dias que eu não passava por lá. Aproveitei que tinha ido ao supermercado e comprei algumas coisas que eu sabia que eram do seu gosto – pão de leite, geleia, café e queijo. Tomei meu segundo café, ouvindo os últimos acontecimentos da semana. Por vezes, me fazia perguntas, para saber se realmente eu prestava atenção ou se só estava de corpo presente. Foi quando me lembrei daquelas duas gurias no salão, e uma frase de Mahatma Gandhi, me veio à mente – " Seja a mudança que você quer ver no mundo "
Comentários
Postar um comentário