"Uma moça que trabalha em
uma fábrica de fósforos leva uma vida frustrante em uma casa com a mãe e o
padrasto que ou a ignoram ou abusam emocional e fisicamente dela. Ela acredita
que sua vida está prestes a mudar quando encontra um homem bem sucedido e se
apaixona por ele, mas o relacionamento dos dois não será nem perto do que ela
esperava."
A cena inicial
diz quase tudo - nos passa muita
informação sem qualquer diálogo durante minutos. Após acompanhar a
linha de produção, Iris surge na tela, com gestos automáticos, desanimados, e a
expressão sem vida. Com isso, sabemos
que ela é uma operária estagnada no
emprego e na vida, sem muitas perspectivas, ao mesmo tempo em que ela própria
surge como produto final daquele sistema.
Em seguida, o
longa nos mostra as outras nuances que a vida deu à Iris - uma mãe e um padastro
exploradores, o aluguel, e um sofá para dormir. Sua única esperança é encontrar
um parceiro quando vai a uma boate, mas até nisso o diretor é ríspido com sua
personagem, como é de praxe nos outros filmes da trilogia.
Com uma decepção atrás da outra, após inúmeros jantares silenciosos, bares solitários e um coração dilacerado, Iris responde aos seus revés, contrariando o próprio sistema que a gerou. Destaque para o momento-chave em que ela acende um cigarro pela primeira vez, utilizando um fósforo da fábrica.
Com uma decepção atrás da outra, após inúmeros jantares silenciosos, bares solitários e um coração dilacerado, Iris responde aos seus revés, contrariando o próprio sistema que a gerou. Destaque para o momento-chave em que ela acende um cigarro pela primeira vez, utilizando um fósforo da fábrica.
Uma história simples, mas
que se tornou um filmaço com o trato autoral do finlandês Aki Kaurismäki.
Os outros filmes da Trilogia do Proletariado.
Sombras no Paraíso (1986)
Ariel (1988)
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