1. Os Trabalhadores do Mar – Victor Hugo I 2. A Dama do Cachorrinho – A.P. Tchekhov I 3. Náusea – Jean-Paul Sartre
ETIQUETA: VICTOR HUGO
Victor-Marie Hugo (26/02/1802,
Besançon, França - 22/05/1885, Paris, França) foi um novelista, poeta,
dramaturgo, ensaísta, estadista e ativista pelos direitos humanos de grande
atuação política. Filho de um general do Primeiro Império Francês, passou sua
infância em Paris. Muito jovem, compôs numerosos poemas. Aos quinze anos
recebeu um prêmio em um concurso de poesia da Academia Francesa.
A partir de 1822,
integrou-se ao romantismo e em breve se transformou no porta-voz desse
movimento. No prefácio de seu extenso drama histórico, Cromwell (1827), Hugo
expõe uma chamada à liberação das restrições que impunham as tradições do
classicismo, que se converteu no manifesto do romantismo. A censura recaiu
sobre sua segunda peça teatral, Marion do Lorme (1829), porque a obra era
considerada muito liberal. Hugo se ressarciu da censura em 25 de fevereiro de
1830, quando sua peça teatral em verso, Hernani, teve uma tumultuosa estréia
que assegurou o êxito do romantismo. Hernani foi adaptada pelo compositor
italiano Giuseppe Verdi, e deu como resultado sua ópera, Ernani (1844).
O período entre 1829 e
1843 foi o mais produtivo de sua carreira. Escreveu vários volumes de poesia
lírica, muito bem recebidas. Nos seus escritos reserva lugar preponderante aos
estados de alma. Demonstra uma forte tendência ao estranho, ao maravilhoso, ao
exótico e ao pitoresco.
Criado no espírito da
monarquia, o escritor acabou se tornado favorável a uma democracia liberal e
humanitária. Eleito deputado da Segunda República, em 1848, apoiou a candidatura
do príncipe Luís Napoleão, mas se exilou após o golpe de estado que este deu em
dezembro de 1851, tornando-se imperador. Hugo condenou-o vigorosamente por
razões morais em "Histoire d'un Crime".
Em oposição a Napoleão
III, viveu em exílio em Jersey, Guernsey e Bruxelas, redigindo ferozes
panfletos contra o regime imperial. Também escreveu grandes "painéis"
novelescos e poéticos, em particular A Lenda dos Séculos (1859-1883). Esta obra
épica evoca a história do mundo e mistura constantemente a lenda com a
realidade. Escreve alguns romances,entre eles Os Miseráveis (1862).
Quando explode a guerra
de 1870 e o Império se desmorona em 1870, Hugo retorna à França e retoma sua
carreira política. Foi eleito primeiro para a Assembléia Nacional, e mais tarde
para o Senado. Não aderiu à Comuna de Paris, mas defendeu a anistia aos seus
integrantes. Quando morre, em 1885, a República lhe presta homenagens fúnebres
nacionais. Com ele desaparece um dos grandes gênios da língua francesa. Victor
Hugo despertou imenso entusiasmo e fervor popular e deixou sua marca na
literatura de todo o século XIX, e ainda em boa parte do século XX.
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