1. Lições de Abismo - Gustavo Corção I 2. Fico besta quando me entendem - Hilda Hilst
ETIQUETA:GUSTAVO CORÇÃO
“O amor e a morte não precisam de
muito espaço. A casa é demais. A casa é necessária quando a vida se multiplica
em ramificações anárquicas, quando há crianças que não param quietas, criadas
que manobram aspiradores, telefones que tocam, visitas que chegam de repente.
Mas o amor e a morte nisso se assemelham: não precisam de toda essa parasitária
cópia de detalhes, utensílios e compartimentos que fazem de uma casa um
efervescente e ruidoso microcosmo”.
Livro Lições de Abismo.
Livro Lições de Abismo.
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Gustavo Corção Braga formou-se engenheiro, em 1920, pela
Escola Politécnica do Rio de Janeiro, especializando-se depois em eletrônica.
Convertido ao catolicismo em 1936, voltou-se
para a filosofia tomista, passando a estudar teologia com
os monges beneditinos e tornando-se oblato. Teve importante atuação no Centro
Dom Vital (RJ), fundado por Jackson de Figueiredo.
Jornalista polêmico e anticomunista, engajou-se
na ala conservadora do pensamento católico e, a partir de 1946, escreveu para
diversos jornais: Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias e O Estado de S. Paulo.
Em sua obra, destacam-se A descoberta do outro (1944), um
impressionante relato de sua conversão ao catolicismo, Três alqueires e uma vaca (1946), ensaio no qual explica, de
maneira pormenorizada, a forte influência de G. K. Chesterton em sua formação,
e Lições de abismo (1950),
seu único romance, uma das obras-primas da literatura brasileira, premiado pela
Unesco e traduzido para inúmeras línguas.
Segundo o crítico literário Wilson Martins, a
palavra de Gustavo Corção "prende-se a uma tradição infindável de
moralistas e de homens práticos, que há alguns séculos vêm repetindo, cada vez
com mais desespero, que não é possível salvar a sociedade se antes o próprio
homem não for despojado de seus erros".
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