Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

Triste o buena, de Mario Benedetti

Amar sin nadie/ vaya cosa triste  sin nada que abrazar   ni Eva que nos abrace  buscar en la memoria de la piel  la boca la cintura la lujuria ganada  las suaves nalgas tibias  y sólo hallar respuestas de fantasmas  los desaparecidos no aparecen  las voces de los árboles se apagan  quedan escombros de caricias  y con pudor nos preguntamos  ¿por qué decimos tantas veces corazón?  ¿será el único amigo que nos queda?  ¿o será el refugio de los que queremos?  amar con alguien/ vaya cosa buena

Caixa do Correio # 09

1. Um Coração Ardente - Lygia Fagundes Telles I  2. O Deserto dos Tártaros  - Dino Buzzati I  3. Subdesarrollo y Letras de Osadia  - Mario Benedetti.                                                                     ETIQUETA: DINO BUZZATI Dino Buzzati nasceu em 1906 em San Pellegrino, nas proximidades de Belluno. Jornalista, escritor e artista plástico, começou a trabalhar no jornal  Corriere della Sera  em 1928, onde permaneceria por mais de quarenta anos, chegando a ser redator-chefe. Faleceu em 1972, em Milão. Estreou na literatura em 1933 com  Bàrnabo delle montagne  [Bàrnabo das montanhas], ao qual se seguiram numerosos romances e volumes de contos, entre os quais se destacam, entre os publicados no Brasil,  O deserto dos tártaros  (1940) – sua obra-prima –,  As montanhas são proibidas  (1949) e  Um amor  (1963). Também escreveu e ilustrou livros infantis, como  A famosa invasão dos ursos na Sicília (1945), e se aventurou em ensaio, poesia e teatro.  Se comparado aos fam

Outros escritos de Clarice Lispector

"A inspiração, para qualquer forma de arte, tem um toque mágico por que a criação é absolutamente inexplicável. Não creio que a inspiração venha do sobrenatural. Suponho que emerge do mais profundo “eu” de cada pessoa, das profundezas do inconsciente individual, coletivo cósmico. O que não deixa de certa forma ser um pouco sobrenatural. "                                                                                                    - Clarice Lispector (Outros escritos)

Sueños ajenos ...por Mário Benedetti

Herói de criança, pai gari vira tema de festa de aniversário. "Un sociólogo norteamericano dijo hace más de treinta años que la propaganda era una formidable vendedora de sueños, pero resulta que yo no quiero que me vendan sueños ajenos, si no sencillamente que se cumplan los míos."                                                                                                                                                                                                                                                — Frase Mario Benedetti.

Adagio en mi país por Alfredo Zitarrosa

En mi país, qué tristeza, la pobreza y el rencor. Dice mi padre que ya llegará desde el fondo del tiempo otro tiempo y me dice que el sol brillará sobre un pueblo que él sueña labrando su verde solar. En mi país, qué tristeza, la pobreza y el rencor. Tú no pediste la guerra, madre tierra, yo lo sé. Dice mi padre que un solo traidor puede con mil valientes; él siente que el pueblo en su inmenso dolor hoy se niega a beber en la fuente clara del honor. Tú no pediste la guerra, madre tierra, yo lo sé. En mi país somos duros, el futuro lo dirá. Canta mi pueblo una canción de paz. Detrás de cada puerta está alerta mi pueblo, y ya nadie podrá silenciar su canción y mañana también cantará. En mi país somos duros, el futuro lo dirá. En mi país, qué tibieza cuando empieza a amanecer. Dice mi pueblo que puede leer en su mano de obrero el destino y que no hay adivino ni rey que le pueda marcar el camino que va a recorrer. En mi país, qué tibieza cuando empieza a amanecer. " Para vos (

A borra de Café por Mario Benedetti

"Rita teve então um gesto que pôs o ponto final, agora sim, na minha infância: me beijou. Foi na bochecha, ao lado da comissura dos lábios, e ela prolongou um pouquinho aquele contato. Tenho a impressão de que aquilo foi o meu primeiro esboço de felicidade. (...) Então eu também a beijei na bocheca, perto dos lábios, e ela sorriu, boníssima. Acho que gostou. Senti uma agitação nova, uma euforia quase heróica. Não era ainda, por razões óbvias, uma excitação sexual, mas digamos que fosse uma emoção pré-erótica." ( Livro A borra de Café  de Mário Benedetti )

Caixa do Correio # 08

1. Onde Andará Dulce Veiga ? - Caio Fernando Abreu. I  2. O Livro dos Abraços  -  Eduardo Galeano.            ETIQUETA:  CAIO FERNANDO ABREU A literatura de Caio Fernando Abreu começa a ser produzida em 1966, e não se interrompe até sua morte, trinta anos depois. Delimitar o momento de criação de sua obra é fundamental para compreendê-la, pois é desse tempo que o escritor extrai os temas e a atmosfera necessários para criá-la. As décadas de 1960 e 1970 são marcadas pelos movimentos contraculturais: de um lado, floresce a ideologia "paz e amor"; o movimento negro, a rebeldia estudantil, a revolução sexual, o feminismo e o movimento gay. De outro, predomina o cenário cinzento das ditaduras latino-americanas, o imperialismo norte-americano e a guerra do Vietnã. Nutrindo-se desse momento particularmente rico da história do Brasil e do mundo, a obra de Caio Fernando Abreu elege a contemporaneidade como tema, e nela vai buscar seus personagens sombrios, angustiados, ob

Eu sem poesia por Charles Bukowski

Jogue o Dado Se você vai tentar, vá com tudo Senão, nem comece. Se você vai tentar, vá com tudo Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes, empregos e talvez a cabeça. Vá com tudo. Isso pode significar ficar sem comer por 3 ou 4 dias Pode significar passar frio num banco de praça Pode significar cadeia, menosprezo, insultos, isolamento. Isolamento é o presente todos os outros são um teste da sua resistência de quanto você realmente quer fazer isso. E você vai fazer Apesar da rejeição e dos piores infortúnios E isso será melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar. Se você vai tentar, vá com tudo. Não há outro sentimento como esse. Você ficará sozinho com os deuses e as noites irão flamejar como fogo. Faça, Faça, Faça Vá com tudo, por todos os caminhos Você cavalgará a vida direto até a gargalhada perfeita essa é a única boa luta que existe.

Porque hoje é sábado, minha receita de Carne moída de soja

INGREDIENTES 1 xícara de proteína de soja desidratada 1 cebola picada 2 tomates picados 2 colheres de Mostarda ( Amo mostarda, então coloco 6 colheres. rs) Azeitonas   picadas a gosto ( Eu gosto das pretas, apesar de serem mais caras) 1 Pimenta dedo de moça bem picada. ( Se minha pimenteira, falasse . ) 2 dentes de alho amassados 3 colheres de sopa de azeite extra virgem 1/2 tablete de caldo de carne ou bacon 2 colher de chá de molho de soja ( se quiser ! eu testei sem, e tb fica bom ! ) 1 pitada de sal (cuidado para não salgar, pois o caldo de carne já tem sal) Salsa e cebolinha picados a gosto MODO DE PREPARO Coloque a xícaras da proteína de soja de molho em água morna por 30 minutos Enquanto isso junte a cebola, o tomate, o alho, o azeite e refogue até a cebola ficar transparente Dissolva o 1/2 tablete de caldo de carne num pouco de água quente e junte ao refogado Baixe o fogo Lave e escorra a soja numa peneira, espremendo bem até retirar toda águ

Crônicas do Cotidiano - Sonham as pulgas em comprar um cão.

Dorotheia sempre foi uma pulga de circo. Ela se apresentava em um número circense chamado "   Dorotheia e as Pulguinhas Acrobatas. " Cidadã do mundo, tinha se apresentando em quase todas as capitais do planeta - Otawa, Washington, Cidade do México, Nassau, Berlin, Paris, Pretória, Maputo e Montevidéu, Numa destas viagem, em seu início de carreira,  conheceu o espanhol  Don Pepe, seu domador e maior fã. Dorotheia e as pulguinhas acrobatas se revezavam em números de saltos mortais, acrobacias, lançamento de canhão, trampolim, e o mais impressionante dos números  –   o arco de fogo.  E cabia à Dorotheia esse número. E obviamente,  ela sabia de sua importância para o espetáculo e para o Circo. Seu domador, Don Pepe, trazia o público para bem pertinho do palco, e com uma lente de aumento, deixava Dorotheia quase do tamanho de um camundongo.  Ah, como era esperta aquela pulguinha, e talentosa ! era tão ovacionada quanto os palhaços Bombom e Paçoca. Quando

Tiene algo que me atrae...

“tiene algo que me atrae. Eso es evidente, pero ¿qué es?» Bueno, ¿y qué era? Todavía no lo sé. Me atraían sus ojos, su voz, su cintura, su boca, sus manos, su risa, su cansancio, su timidez, su llanto, su franqueza, su pena, su confianza, su ternura, su sueño, su paso, sus suspiros.''                                                                                                   — La tregua - Mario Benedetti