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Caixa do Correio # 09


1. Um Coração Ardente - Lygia Fagundes Telles I 2. O Deserto dos Tártaros - Dino Buzzati I 3. Subdesarrollo y Letras de Osadia - Mario Benedetti.
                             
                                      ETIQUETA: DINO BUZZATI
Dino Buzzati nasceu em 1906 em San Pellegrino, nas proximidades de Belluno. Jornalista, escritor e artista plástico, começou a trabalhar no jornal Corriere della Sera em 1928, onde permaneceria por mais de quarenta anos, chegando a ser redator-chefe. Faleceu em 1972, em Milão.

Estreou na literatura em 1933 com Bàrnabo delle montagne [Bàrnabo das montanhas], ao qual se seguiram numerosos romances e volumes de contos, entre os quais se destacam, entre os publicados no Brasil, O deserto dos tártaros (1940) – sua obra-prima –, As montanhas são proibidas (1949) e Um amor (1963). Também escreveu e ilustrou livros infantis, como A famosa invasão dos ursos na Sicília(1945), e se aventurou em ensaio, poesia e teatro. 

Se comparado aos famosos cineastas de sua época na Itália, a versatilidade de Buzzati o permitiria filmar tanto com Pasolini quanto com Antonioni, mas é Fellini que mais lembra o seu estilo. Com este último, o autor chegou mesmo a colaborar. Fã de Buzzati desde os dezoito anos, Fellini o chamou em 1965 para escrever consigo no roteiro do não-realizado Il viaggio di G. Mastorna. O manuscrito foi, posteriormente, cedido ao quadrinista Milo Manara, que o transformou numa HQ.

Partilho porque recomendo o livro - O Deserto dos Tártaros :


" Embora escrito quase setenta anos atrás, o livro parece endereçar-se diretamente ao século XXI e nos atinge profundamente. Ou não é exatamente isso que diz o publicidade, a televisão, enfim, o pensamento médio reinante: seja disciplinado e trabalhador. Não mude sua vida. Trabalhe infatigavelmente que um dia algo maravilhoso vai acontecer. Algo glorioso, que via justificar sua existência, não uma batalha, claro, mas talvez uma linda mulher inatingível, uma esperada promoção, uma casa cercada de árvores, ou muito dinheiro. Só que isso sempre virá mais adiante. Cada vez mais adiante. Até que um dia nos damos conta que fizemos a aposta errada. "  Ugo Giorgetti



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